AUMENTE O BEM ESTAR
DO SEU GATO
Ambiente limpo,
arejado, com abrigo do calor e do frio, assistência médica, comida
fresca e de qualidade.
Claro que tudo isso é essencial para o bem-estar do seu gato.
Mas hoje o conceito moderno de oferecer boa vida aos animais vai além
de mantê-los apenas com condições essenciais de sobrevivência.
Estamos falando do chamado enriquecimento comportamental, também conhecido
como enriquecimento ambiental.
A técnica,
amplamente aplicada em bons zoológicos e parques do gênero, consiste
basicamente em aumentar os estímulos físicos e mentais dos bichos
e, para alegria da fauna doméstica, vem ganhando espaço no reino
pet. Em busca de informações sobre a melhor forma de fazer isso
com nossos gatinhos, Cães & Cia conversou com quatro renomados especialistas
em comportamento animal.
Confira o resultado nesta reportagem.
E lembre-se:
toda mudança de rotina deve ser gradual. Do contrário, o que tem
a intenção de beneficiar o bichano pode acabar por estressá-lo.
Também é natural que nem todas as dicas sugeridas sejam bem-aceitas
por todos os gatos. Portanto, respeite a vontade e os limites do seu mascote.
Não o force a nada. E dê asas à imaginação:
crie novos estímulos, formule novas atividades.
O enriquecimento comportamental está aberto a isso. Não é
uma técnica "fechada".
O que importa é atingir seu objetivo: movimentar o dia-a-dia dos bichos,
para que fiquem mais ativos, mais dispostos, mais entretidos e, claro, muito
mais felizes.
No corre-corre
da vida moderna, não é incomum transformarmos o convívio
com nossos animais numa "relação de passagem". Evite
que isso ocorra entre você e seu gato.
Reserve um tempo para estar mais próximo dele. E de preferência
o faça todos os dias.
A idéia não é retirar o bichano das próprias ocupações
para impor sua companhia.
Neste caso, há até o risco de que ele passe a enxergá-lo
como inconveniente, começando a evitá-lo. Mas mostre-se disponível.
O mais recomendado é chamá-lo com delicadeza e deixar a iniciativa
de se aproximar por conta dele.
Então, nem que por apenas dez ou quinze minutos, interaja com ele: converse,
brinque, faça-lhe um bom cafuné.
E por que não uma boa massagem relaxante? Parte dos gatos, num primeiro
momento, pode até resistir a ela. Mas a maioria acaba gostando.
Sobretudo, quando não sente cócegas nas áreas massageadas.
Por isso, vale citar: as regiões nas quais o manuseio é mais bem-aceito
são as da cabeça, garganta e parte superior das costas.
Já na barriga, nas laterais do corpo e na garupa, pode causar certo incômodo.
Experimente e descubra do que seu gato gosta. Veja no passo a passo fotográfico
a massagem sugerida pelo zootecnista Alexandre Rossi.
E aproveite o momento para dar.
Uma inspecionada geral no bichano. Observe se há parasitas, lesões
de pele ou nódulos que mereçam uma visitinha ao veterinário
Esse verdadeiro parque de diversões para felinos que se vê
nas fotos ao redor é o lar doce lar do norte-americano Bob Walker. Desnecessário
dizer que ele é um amante inveterado da espécie.
Que gato não acharia simplesmente o máximo viver num lugar assim,
inteiramente adaptado aos seus instintos, gostos e manias?
Também é compreensível que a maioria dos mortais não
possa oferecer tanto aos bichanos .
Mas aproveitar algumas das idéias de Walker não só é
possível como já deixaria seu gatinho radiante.
Felinos gostam de escalar e de observar o mundo das alturas. O ambiente ideal
para eles, como pregam os comportamentalistas, deve portanto explorar a tridimensionalidade.
Prateleiras em pontos variados da casa são sempre uma alternativa bem-vinda,
assim como locais altos de estantes e móveis em geral.
Para quem não pode dedicá-los exclusivamente aos bichanos, que
tal liberar pelo menos alguns trechos do mobiliário já existente?
Também é importante que os pontos altos sejam acessíveis
- gatos são grandes saltadores, mas não mágicos.
Móveis de altura intermediária dispostos estrategicamente costumam
resolver a questão e, sobretudo em caso de gatos idosos, podem até
se transformar nos points prediletos.
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É mais
que recomendado que seu gato tenha brinquedos. E de vários tipos. Os
mais interessantes são os que se movem, como bolas e bichinhos de corda,
ou que interagem de alguma forma.
Há alguns que são ativados com patadas ou focinhadas.
Conforme o modelo, acendem luzes, emitem sons ou fazem movimentos. Embora não
seja fácil encontrá-los em lojas no Brasil, há sites que
os vendem, como o www.petsmart. com.
A gataria também adora varinhas com penduricalhos de penas e fitas, que
podem tanto ser fixadas em móveis ou paredes quanto agitadas por alguém.
E brinquedos improvisados também valem.
Bolinhas de papel amassado fazem grande sucesso, assim como qualquer objeto
que gire pelo chão ou que balance.
Variar os brinquedos de tempos em tempos é condição essencial.
Do contrário, perdem a graça. E, claro, a parceria dos donos nas
brincadeiras é sempre bem-vinda.
Uma das preferidas pelos gatos é quando alguém arrasta uma cordinha
qualquer bem lentamente pelo chão.
Basta para que nossos pequenos felinos logo ganhem ares de tigre e assumam postura
de caçador: fixam os olhos no movimento da corda, espreitam-na por um
tempo e desferem um bote certeiro.
Para a simulação ser perfeita, vale amarrar um petisco na ponta
da cordinha. Assim, além de caçar, o bichano ainda devora a presa.
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