Em geral nossos
felinos domésticos vivem bem em dupla e mesmo em bando. Se os exemplares
em questão formarem um casal ou forem amigos de infância, então,
é praticamente promessa de convívio pacífico. Mas, mesmo
casos diferentes desses, têm chances de sucesso.
E o que não faltam são dicas para apresentar gatos com as mais
variadas histórias de vida. Isso inclui até casos complicados
como o de machos adultos, dominantes, que cresceram como filhos únicos
e desenvolveram rabugices mil. Cães & Cia inclusive já abordou
o tema numa grande reportagem intitulada Gatos: ter mais de um em harmonia,
que foi publicada em maio de 2001.
O fato é que ter dois ou mais exemplares é, na maioria das situações,
uma indicação dada pelos especialistas.
Sobretudo, quando os donos
passam períodos prolongados fora de casa. A vida com companhia da mesma
espécie é sempre mais ativa e quase sempre mais animada e feliz
que a vida solitária.
Há, claro, de se ter bom senso. Se o gato para o qual se pretende arrumar
um parceiro é um pacato ancião, que reinou sozinho por toda a
existência, concentrando em si todos os mimos e dengos, é bem possível
que ele não ache a menor graça em partilhar seu império.
E, se a idéia é aumentar o bem-estar dele, não há
razão para submetê-lo a tal dissabor, não é mesmo?
A vida conjunta de felinos,
no entanto, sempre requer cuidados especiais. Mesmo entre exemplares amicíssimos
pode haver uma relação de dominância.
E, diferentemente do que em geral ocorre com cães, essa dominância
muitas vezes é silenciosa.
Um exemplo que ilustra bem esse comportamento velado é quando o gato
líder calmamente se dirige ao comedouro só porque um outro exemplar
decidiu comer.
Na presença do manda-chuva, o mais submisso, aparentemente também
sereno, afasta-se e dá a vez a ele, deixando, portanto, de se alimentar.
Situações do gênero não ocorrem exclusivamente em
torno de questões gastronômicas.
Também podem envolver brinquedos, caminhas e, virtualmente, tudo o que
fizer parte do universo dos gatos protagonistas.
Como evitar esse problema potencial? Sendo generoso e estratégico nas
ofertas.
Em vez de um prato de comida ou mesmo de dois ou três num mesmo canto
da casa, espalhe-os em lugares diferentes e distantes o bastante para que, estando
num dos pontos, não se aviste os demais.
O princípio vale para qualquer outro item que possa despertar o instinto
de posse dos exemplares dominantes.
TENTE VIABILIZAR
RECREAÇÃO AO AR LIVRE
É verdade que muitos
gatos vivem com acesso à rua. E também é verdade que essa
liberdade é totalmente desaconselhada. Afinal, nas ruas, nossos mascotes
enfrentam uma série de riscos.
Só para citar alguns: podem brigar, ser atropelados, sofrer ataques de
cães e contrair doenças.
Portanto, para quem deseja manter o bichano em plena segurança, nada
de deixá-lo perambulando por aí. Momentos ao ar livre, contudo,
são saudáveis e enriquecedores.
Proporcionam diversos estímulos, tanto visuais como auditivos e olfativos,
e desencadeiam atividades mais naturais, como a caça de insetos e a observação
de outros bichos.
É pena privar nossos gatinhos de tanto bem-estar.
Para quem mora em casa com
área externa, uma maneira de solucionar a questão é construindo
um gatil do lado de fora, no qual os gatos possam ficar parte do tempo.
O recinto, claro, deve ser telado para evitar fugas e equipado de forma a tornar
o ambiente interessante .
Plantar árvores e colocar pedras e troncos são alternativas que
dão ao local um ar natural e possibilitam ao gato escalar, ficar no alto
e também se entocar, atividades sempre apreciadas por felinos.
Lembre-se de providenciar áreas de sombra e de abrigo.
Outra alternativa, embora não tão simples nem viável com
boa parte dos gatos, é acostumá-los a passeios de coleira.
O mais recomendado é começar o condicionamento dentro de casa e
na mais tenra infância (adultos podem ficar muito estressados).
No início, a coleira e a guia são colocadas apenas por poucos minutos,
em algum momento em que o gato esteja se sentindo bem à vontade.
Por exemplo, quando estiver comendo ou deitado no colo de alguém da família.
Dia após dia, o tempo de permanência com o acessório vai aumentando.
O dono, ainda dentro de casa, deve propor curtas caminhadas
E gradativamente pode ir ganhando terreno, indo ao corredor, depois até
o portão e por fim conquistando a rua. É importante respeitar o
tempo do gato e não forçá-lo a nada.
Se ele estiver indo bem e, de repente, mostrar-se assustado com uma nova etapa
do processo, retroceda.
Seja paciente. E sempre passeie em lugares calmos, onde não haja muitos
barulhos nem agito de pessoas e carros. Gatos tendem a se assustar com isso.
Também dê preferência a coleiras peitorais - são as
mais seguras para se usar com felinos domésticos.
As de pescoço, caso o gato se assuste ou tente fugir de algo, podem causar
lesões na cervical e até enforcamento.
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